segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

The limits of control

Acabei de assistir ao filme "The limits of control" de Jim Jarmusch; excelente ! Sou suspeito em tecer elogios pois trata-se de meu diretor predileto, no entanto percebi que este filme, extremamente poético, faz uma crítica à necessidade que temos de exercer o poder, na maioria das vezes, com palavras. O silêncio é marca de Jim, mas neste filme ele explora a sonoridade e as imagens, em contraposição ao discusso, de forma maestral. O filme é enigmático, um contra-drama onde Lone Man, o protagonísta estóico, faz uma jornada em sua consciência ao deparar-se com diversos personágens que o seduzem de várias formas. O cenário é construído nas pitorescas cidades espanholas, portanto me eximo de comentar a fotografia. Lone Man é um andarilho que ao longo de seu caminho vai descobrindo sua missão no filme. Nas entrelinhas percebi que o personagem principal, se não fosse pelo seu vício em café, poderia representar um herói , um espírito ou anjo capaz de aniquilar com toda a forma de controle existente em cada momento de sua vida. O filme é minimalista, assim como nas composições de Phillip Glass, Jarmusch utiliza-se das repetições, cada encontro com um novo personagem possui os mesmos rituais. A cena em que Lone Man pede dois expressos em duas chícaras revela a repetição dos vícios como forma de controle. Se o Jim tivesse me pedido eu cederia a minha música "passing through" pra ele .... hehehe...http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=33460

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