Se o tempo parasse meu coração sem voz
apertado começo sem nenhum sinal de você
não te reconheço em nenhuma foto da tela
ainda assim, te busco, no silêncio da noite sádica
O pulso perde a vez, pede força e sincronia
e sua face de ante-ontem ainda que apagada
encadeia o rítmo de minha vida singular
virtual, simulada em uma tela fática
E como que em transe escrevo tosco e veloz
o grito de meu coração mudo em papel
fragmentado, eu ? Falso. Ele ? Poesia
ainda que dispersa, só e sem tática
Assim atuo em seu hermético mundo
tocando de ouvido e coração mudo
tecendo a dedo meu eu cibernético
a frasear a moça de alma enigmática
E por mais que eu invente o amor em nós
há de surgir ainda que no eterno silêncio
do meu coração espelho de meu eu vazio
vadio a esperar a fio subir sua lágrima
que um dia há de jorrar sem som
pura e leve subindo contra a gravidade
por não sacrificares a glote de seu coração
em atenção à minha cardiopatia mágma
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário