segunda-feira, 15 de março de 2010

Your Sunny eyes

When you danced and looked at me
you rescued my soul in grace
Like a bird I´m flyng free
And your heart is all my place

The breeze is calm, the sky is new
My eyes steal staring you
The fences is broken and hearts is opened
arms is folding in all the stars

let me care about your life
turn the light and see, it flows
in your sunny eyes, it comes and go
we never know what we´ve decided
until it flows in our lives
in your sunny eyes I fly and grow

When your kiss were sweet and deep
All my sadness was gone away
Now that day I lay and keep
in a dream without a play

The time is frozen our view
when your eyes just got a hue
my heart is beating inside of you
in your golden and lucky smile
in your sunny eyes I stood a while

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

The limits of control

Acabei de assistir ao filme "The limits of control" de Jim Jarmusch; excelente ! Sou suspeito em tecer elogios pois trata-se de meu diretor predileto, no entanto percebi que este filme, extremamente poético, faz uma crítica à necessidade que temos de exercer o poder, na maioria das vezes, com palavras. O silêncio é marca de Jim, mas neste filme ele explora a sonoridade e as imagens, em contraposição ao discusso, de forma maestral. O filme é enigmático, um contra-drama onde Lone Man, o protagonísta estóico, faz uma jornada em sua consciência ao deparar-se com diversos personágens que o seduzem de várias formas. O cenário é construído nas pitorescas cidades espanholas, portanto me eximo de comentar a fotografia. Lone Man é um andarilho que ao longo de seu caminho vai descobrindo sua missão no filme. Nas entrelinhas percebi que o personagem principal, se não fosse pelo seu vício em café, poderia representar um herói , um espírito ou anjo capaz de aniquilar com toda a forma de controle existente em cada momento de sua vida. O filme é minimalista, assim como nas composições de Phillip Glass, Jarmusch utiliza-se das repetições, cada encontro com um novo personagem possui os mesmos rituais. A cena em que Lone Man pede dois expressos em duas chícaras revela a repetição dos vícios como forma de controle. Se o Jim tivesse me pedido eu cederia a minha música "passing through" pra ele .... hehehe...http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=33460

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Verdade é mergulho

Matéria negra que engole a luz
o sol perde o centro, o homem o foco
do ego ao pó, translúcida "tripe"
mergulham, e mais profundo

Tão nova, tão pura e temida
esconderijo dos ímpios de carne
mas limpos em alma e sonho
mergulham, e mais profundo

sem saber do fim, sem o querer
só o valor da eterna busca
em reverso do verso, em poesia
mergulham , e mais profundo

Eis aberta a temporada de caça:
às bruxas que enfrentam o dógma;
às palavras que enganam o código;
mergulham, e mais a fundo

porta aberta para o quintal
no bolso do homem a sete chaves
sem saber como trancafiá-la
mergulha, e mais profundo

e quanto mais a descobrem
e quanto mais a revelam
tanto mais a enterram
no abismo do mergulho infinito

Coração Mudo

Se o tempo parasse meu coração sem voz
apertado começo sem nenhum sinal de você
não te reconheço em nenhuma foto da tela
ainda assim, te busco, no silêncio da noite sádica

O pulso perde a vez, pede força e sincronia
e sua face de ante-ontem ainda que apagada
encadeia o rítmo de minha vida singular
virtual, simulada em uma tela fática

E como que em transe escrevo tosco e veloz
o grito de meu coração mudo em papel
fragmentado, eu ? Falso. Ele ? Poesia
ainda que dispersa, só e sem tática

Assim atuo em seu hermético mundo
tocando de ouvido e coração mudo
tecendo a dedo meu eu cibernético
a frasear a moça de alma enigmática

E por mais que eu invente o amor em nós
há de surgir ainda que no eterno silêncio
do meu coração espelho de meu eu vazio
vadio a esperar a fio subir sua lágrima

que um dia há de jorrar sem som
pura e leve subindo contra a gravidade
por não sacrificares a glote de seu coração
em atenção à minha cardiopatia mágma

Engasgo

Engasgo ao ver o sol se por
bem longe donde deveria estar
em voo sideral imerso em seu olhar
me recomponho de um novo amor

descaso, mensagens em meu celular
que insiste em vibrar sem decompor
o som em miúdos ruídos da dor
de quem vive em solidão sem cessar

reluto em silêncio em seu temor
por nunca entenderdes meu falar
por nunca entrares em meu mar
tal qual sereia Medusa em pedra, em flor

Engasgo, e uma lágrima se solta no ar
afoga o perfeito cume do seio em cor
ardente veneno e doce sem sabor
que insisto em beber sem o provar

Enxugo o pranto, pouco e indolor
como quem seca no todo o sul polar
inútil é tossir, cuspir o fel biliar
pois o corte é mais letal que o amor

Engasgo ao ver o tempo passar
levando meu sonho amador :
A farsa falsa na face do ator
é que aplaudem, surdos, ao seu cantar

Engasgo

Ruído Branco

Milhões de tons que buscam o infinito
abrem as portas para outro mundo
revelam segredos da mente insana
que não enxerga além do nariz

fazem a curva do espaço-tempo
dobram a alma de encontro ao ego
numa explosão de amor gerando vida
culminam na lei do eterno retorno

milhões de luzes em um só grito
sugadas na força do breu profundo
como o calor de fogo sem a chama
acordam o ego que dorme feilz

lançam verdades em um tormento
fazem ver até mesmo o cego
cotucando fundo a mesma ferida
que jorra medo em sangue morno

Enxurrada

Águas Claras do céu derrama
em solo epaço o ruído turvo
o canto pássaro a defender o ninho

Aguas Barras na pista enlama
cratera eterna a engolir o mundo
caverna etérea em seu caminho

que revela o sujo, a ferida inflama
no toque amigo do dedo imundo
no violão a corda o moinho

Enxurrada de corpos a rolar na cama
mistura de genes sonido e alma
sem dor gemes ao correr na rua

Em busca do ego de quem se ama
mistura,esconde o gozo em calma
e morre onde começa a lua

Águas passadas assim se chama
os desvios tomados nessa procura
em vão, vendados na mão do vento

Encontrar o mar e sua trama
a minha agora é de par em par ser,
na minha hora, ao meu amor atento

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Virtude Virtual

Virtude Virtual na tela pornô real se perde
Consagra o sêmem no som se sentem, se pede
Perdão po olhar sem querer queimar a luz do "led"
O tempo perdido de um mundo iludido que fede
A fóça do Ego coberto de neve cego não cede
Ao apelo da morte ou capricho da sorte que impede
O amor profundo, na cabeça, no mundo do "nerd"
Virtude Virtual na tela tornou real quem mede
O Status, dinheiro, quinhão derradeiro do "mad"
Show sem sabor, pipoca e terror nas garras de "Fredy"
De Michael a Elvis, a moda é a pelvis, ser "Bad"
Na Roma família, a eterna quadrilha de "Daddy"

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Resorver em Reverso

Vou atrás de um sonho
Sonho um dó, vou atroz

Busco sempre o infinito
Emfim, o sempre em cubos

O céu azul é tão belo
O lobe tão à luz é seu

Adoro seu beijo doce
Cedo ao beijo? Use a dor

Tão lindo o cair da tarde
Arde cair em vão no limbo

Nós ainda em ar de amor
Roma arde ainda em nós

Lar da paz denota rir com fé
Conferir detona a paz do lar

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Desvio

As vezes me pego fazendo aquilo que todo o meu corpo me diz:
Repito trejeitos da biologia que insiste em me dominar,
Respiro o silêncio em vão pensamento que me volta sempre no mesmo lugar.
É da natureza que escondo o rosto e desvio de tudo, daquilo que sempre me quis.
Acordo em delírio do sonho que ainda projeta o azul infinito do céu ocular,
A pele macia, branca e de prata que muta no tempo de um anti-passado,
O pêlo dourado ainda primata; brilho recessivo de sol apagado
Desvio do desejo de sabedoria, e busco o incerto sem medo de amar.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Emaranhado

Ao te ver me dói, o tempo em si e de fato
consumado consumo em ti entrelaçado
numa cadeia elíptica da língua ao léo
me amarra o ego e a palavra corrói

A ti meu canto vai "temprano"
sem ao menos conhecer da luz ocular
que cega meu ímpeto de te reter
na alma do corpo em pranto

Seu rosto, cálido que nem a lua
ainda farto, em mim ecoa
o som de seu cabelo e o gosto
emaranhado negro da noite, parto

ao seu encontro, perco o pique
a pouco me descompasso
tropico no véu azul
na rima e no acaso
ainda te encontro nua
ao dente te embaraço
a letra ainda crua
devoro ao som de "Blue"
a sina de meu atrazo
corpo quinze, alma "Balzique"

de quem te ama emaranhado.